Depois de Patrícia Portela, Rui Cardoso Martins e Isabela Figueiredo, Miguel Cardoso é o autor selecionado para a Bolsa de Residência Literária em Berlim, estando programadas várias leituras públicas durante a referida residência, em outubro, entre as quais a participação na Feira do Livro de Frankfurt.
Em Berlim estará a trabalhar num projeto que terá a cidade como um acervo vivo, quotidiano a partir do qual constituirá a matéria literária. O projeto explora os pontos de contacto entre o literário (ou o lírico) e o documental.
Miguel Cardoso ensina, traduz e escreve em Lisboa, onde nasceu em 1976. Passou alguns anos em Londres, tendo regressado a Portugal. É membro do colectivo Unipop e colaborador na revista Imprópria. Tem poemas, ensaios e outros textos publicados em diversas antologias e periódicos. Traduziu recentemente Letters against the firmament, do poeta inglês Sean Bonney (Douda Correria, 2016) e publicou seis livros de poesia: Que se diga que vi como a faca corta (Mariposa azual, 2010), Pleno Emprego (Douda Correria, 2013), Os engenhos necessários (&etc, 2014), Fruta Feia (Douda Correria, 2014), À barbárie seguem-se os estendais (&etc, 2015), Víveres (Edições tinta-da-china, 2016) e Mais de mil anos (Tinta-da-China, 2017).
Em 2017 integrou o programa literário da Feira do Livro de Leipzig onde foi apresentada uma seleção de poemas de Víveres na tradução de Odile Kennel que este ano será publicado no Brasil na coleção “Poesia Portuguesa Hoje”, pelas Edições Macondo, juntamente com obras de Manuel de Freitas, Tatiana Faia, Mariano Alejandro Ribeiro e Cláudia R. Sampaio.
Iniciada em 2016, a Bolsa de Residência Literária em Berlim enquadra-se no programa de divulgação internacional estruturado pela Embaixada de Portugal/Camões Berlim na área do Livro, no âmbito do plano anual de ação cultural externa, coordenado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e o Ministério da Cultura.