Diogo Madre Deus nasceu em Lisboa, em 1974. Editor desde 2002, sócio-fundador da editora Cavalo de Ferro, que dirigiu de forma independente até 2018. Actualmente é também editor da chancela Elsinore, pertencente ao Grupo Editorial 20|20. Foi editor em Itália, de 2008 a 2012. É tradutor, tendo assinado diversas traduções, literárias e ensaísticas, sobretudo do italiano para o português.
Sugestões
Há muitos anos que na Literatura Portuguesa não aparecia uma voz literária tão forte: uma escrita visceral, irónica e carregada de pulsões, onde a sexualidade, a velhice, a debilidade dos corpos, a esperança e a violência compõem retratos de vidas frágeis, pontuadas por momentos épicos.
Um exímio contador de histórias. A atenção ao detalhe, a verosimilhança das personagens, a fluidez da linguagem e a construção realista dos enredos, fazem deste autor um dos mais bem conseguidos narradores da actual Literatura Portuguesa.
Um dos nossos mais notáveis e afirmados romancistas. Construtora exímia de personagens, de enredos em que a descrição do tempo presente expõe as feridas sociais e os acontecimentos traumáticos da História.
Incontornável. Bastaria o romance A Selva, que impressionou nomes como Albert Camus ou Stefan Zweig, para colocar este autor no panteão da literatura europeia do séc. XX. A natureza assume-se como a verdadeira protagonista deste épico moderno, que descreve o horror do ciclo da borracha no inferno da selva amazónica.
Uma escrita única, de mestria surpreendente, quase perturbante na forma como descreve a psicologia feminina e a dificuldade das relações humanas e familiares. O romance A Paz Doméstica é apenas um dos seus livros que marcam de forma indelével o nosso panorama literário.
Uma escrita irrepreensível, exuberante, consciente de si mesma, em que o virtuosismo narrativo conjuga no presente a gramática das rupturas da Literatura Portuguesa do último quartel do séc. XX.