…a poesia de Teresa Balté tem personalidade e desenvoltura formal mais do que suficiente. É um livro de amor inventado no mais autêntico sentido literário do termo. Não interessa saber do poeta outros factos que não os que literariamente transmite. E o amor que exprime descobre-o (é este sentido de inventa-o) para nós não monocordicamente mas em formas que correspondem a múltiplas tipologias expressas por forma muito substantiva e actual. O que mais surpreende em Teresa Balté é a aparente facilidade com que se apropria um simbolismo que pede ao leitor perante essa poesia tanta inteligência e sensibilidade quanto lhe possa dispensar mas que, mesmo sem esse esforço é sentido (pelo menos sentido!) pelo mais mediano dos leitores de Poesia.
– José Blanc de Portugal